Ataque contra a Embaixada cubana: o silêncio eloquente dos seus cúmplices

20/05/2020 12:33

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, na entrevista coletiva virtual, oferecida em 12 de maio, sobre o ataque terrorista à Embaixada cubana nos Estados Unidos, expressou: «Temos aqui um atacante, um fuzil AK-47, 32 cápsulas de projeteis, 32 furos de balas e a declaração — do executor dos fatos — da intenção de agredir e de matar».

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, na entrevista coletiva virtual, oferecida em 12 de maio, sobre o ataque terrorista à Embaixada cubana nos Estados Unidos, expressou: «Temos aqui um atacante, um fuzil AK-47, 32 cápsulas de projeteis, 32 furos de balas e a declaração — do executor dos fatos — da intenção de agredir e de matar».

«Temos, ainda, o silêncio do Governo dos Estados Unidos, um silêncio que nós conhecemos, que acompanhou durante anos as ações que grupos violentos, com base no território desse país, executaram contra Cuba. Cada onda de terror foi precedida por campanhas de ódio, de rancor, de ameaças, de tentativas de desacreditar a atuação de Cuba na arena internacional, em meio de um cenário onde o cerco econômico aperta cada vez com mais força.

O custo do terrorismo para a Ilha maior das Antilhas foi de 3.478 mortos e 2.099 incapacitados, além de incontáveis danos econômicos, realizado com ou sem o apoio do Governo dos Estados Unidos, mas contando sempre com seu beneplácito, e obedecendo as diretivas da CIA. Centenas de grupos terroristas foram criados, financiados e treinados por essa agência, organizações que tiveram em suas fileiras destacados assassinos como Orlando Bosch, Luis Posada Carriles, Guillermo e Ignacio Novo Sampol e outros.

O Comando das Organizações Revolucionárias Unidas (CORU), criado em 1976, significou a integração de uma rede de terrorismo internacional, a primeira na história. «A guerra pelos caminhos do mundo», como eles a chamaram, não respeitou fronteiras, nem leis internacionais e as embaixadas cubanas foram o alvo preferido.

Mais de 370 operações terroristas foram realizadas naqueles anos, a hedionda explosão de um avião civil cubano em pleno voo, foi a expressão terrível do ódio atiçado e protegido pelo silêncio da Casa Branca.

O executor do recente ato contra a nossa Embaixada em Washington, Alexander Alazo Baró, reuniu-se em um centro religioso chamado Doral Jesus Worship Center, com pessoas de conhecida conduta hostil para a Revolução Cubana. Uma de suas «amizades» do centro religioso, o pastor Frank López, mantém estreitas relações, nada mais nada menos, que com Marco Rubio, o congressista Díaz-Balart e outras pessoas de reconhecida posição extremista.

Sua conduta prévia à agressão não pode ser menos «precavida», não escondeu seu ódio à nação que o viu nascer, nem seus delírios reais ou fictícios, andava escasso de dinheiro, sem emprego fixo, tal como menciona sua esposa a várias fontes: dias antes chegou o lugar, planejou cada passo do que pensava fazer, tudo isso em meio de Washington, a poucos quarteirões da Casa Branca, em uma zona muito vigiada, armado e perigoso. Disposto a tudo, no dia H conduziu seu carro vários quilômetros, levando um fuzil AK-47 e disparou contra seu objetivo.

Cuba tem razões demais para exigir uma investigação exaustiva dos fatos ao Governo dos EUA, e requerer que sejam adotadas as medidas necessárias para impedir o retorno daqueles tempos de sangue inocente derramada, que pare a política de hostilidade manifesta, de ataques verbais, de ações que estimulam essas condutas.

Fonte: Granma
https://pt.granma.cu/mundo/2020-05-19/ataque-contra-a-embaixada-cubana-o-silencio-eloquente-dos-seus-cumplices