Cuba pode negociar com EUA, mas sem pré-condições, diz presidente
20/09/2018 22:17
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, afirmou em entrevista neste domingo (16) que seu país está disposto ao diálogo com os Estados Unidos de Donald Trump, contanto que não se condicione a soberania da ilha.
AFP
O presidente cubano disse que a ilha está disposta a negociar com o governo de Trump, desde que a soberania do país seja respeitada
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“Não se pode aspirar a um diálogo onde uma parte condiciona a outra a renunciar à soberania e à independência, disse. Nós não aceitamos imposições, quanto mais com os EUA. Se se mantém essa aberrante atitude do governo dos EUA contra Cuba, não há diálogo”, afirmou, Díaz-Canel em entrevista transmitida pela emissora multiestatal Telesur – a primeira que deu a um meio de comunicação desde que assumiu o cargo, em abril.
Díaz-Canel disse que, desde que se tornou presidente de Cuba, passou por “meses de muita experiência, e meses também que provocam muita reflexão”. Seu governo, garante, é uma continuidade dos de Raúl e Fidel Castro, “um governo do povo, para o povo, que é o mesmo que ser um governo para a Revolução”. O mandatário diz manter contato constante com Raúl Castro.
Bloqueio
O presidente cubano afirmou considerar que o bloqueio econômico imposto pelos EUA contra Cuba, há mais de 60 anos, “é o principal obstáculo para o desenvolvimento do país, a coisa que mais golpeia a vida cotidiana dos cubanos e cubanas, e também a vida econômica e social”, e o chamou de “prática brutal”.
“Diria que é um ato de lesa humanidade. Atenta contra um povo. É um povo condenado a morrer de fome, de necessidades’, disse.
“Não somos uma ameaça para ninguém. O que temos é uma vontade e uma vocação para justiça social, para construir um país melhor”, afirmou, apontando o bloqueio como maior impeditivo para tal.
Díaz-Canel repudiou as acusações de agressão contra diplomatas da embaixada dos EUA em Cuba. “Temos muita ética para atacar a outros. (…) Cuba não ataca, Cuba defende, Cuba compartilha, é solidária”, afirmou.
Reforma Constitucional
Ante o bloqueio, disse Díaz-Canel, o governo chegou à conclusão de que se deve atualizar o modelo econômico e social do país. Para ele, a reforma constitucional, atualmente em processo, reforça os postulados da Revolução Cubana.
“É um olhar responsável, um olhar objetivo, é um olhar realista”, disse. “Chegamos à conclusão de que temos que atualizar nosso modelo econômico e social nas condições do bloqueio”, afirmou.
Face às críticas de que a nova Constituição implicaria renunciar ao comunismo, Díaz-Canel afirmou que governo nunca o faria. “Os que estão mais preocupados se vai ser socialismo ou comunismo não são o povo cubano, mas os que nos detratam de fora”, disse.
A proposta de nova Constituição também libera o casamento entre pessoas do mesmo sexo. “Defendo que não haja nenhum tipo de discriminação”, afirmou Díaz-Canel, que disse que a última palavra “quem dará será o mandato popular e a soberania do povo”.
Díaz-Canel disse que, desde que se tornou presidente de Cuba, passou por “meses de muita experiência, e meses também que provocam muita reflexão”. Seu governo, garante, é uma continuidade dos de Raúl e Fidel Castro, “um governo do povo, para o povo, que é o mesmo que ser um governo para a Revolução”. O mandatário diz manter contato constante com Raúl Castro.
Bloqueio
O presidente cubano afirmou considerar que o bloqueio econômico imposto pelos EUA contra Cuba, há mais de 60 anos, “é o principal obstáculo para o desenvolvimento do país, a coisa que mais golpeia a vida cotidiana dos cubanos e cubanas, e também a vida econômica e social”, e o chamou de “prática brutal”.
“Diria que é um ato de lesa humanidade. Atenta contra um povo. É um povo condenado a morrer de fome, de necessidades’, disse.
“Não somos uma ameaça para ninguém. O que temos é uma vontade e uma vocação para justiça social, para construir um país melhor”, afirmou, apontando o bloqueio como maior impeditivo para tal.
Díaz-Canel repudiou as acusações de agressão contra diplomatas da embaixada dos EUA em Cuba. “Temos muita ética para atacar a outros. (…) Cuba não ataca, Cuba defende, Cuba compartilha, é solidária”, afirmou.
Reforma Constitucional
Ante o bloqueio, disse Díaz-Canel, o governo chegou à conclusão de que se deve atualizar o modelo econômico e social do país. Para ele, a reforma constitucional, atualmente em processo, reforça os postulados da Revolução Cubana.
“É um olhar responsável, um olhar objetivo, é um olhar realista”, disse. “Chegamos à conclusão de que temos que atualizar nosso modelo econômico e social nas condições do bloqueio”, afirmou.
Face às críticas de que a nova Constituição implicaria renunciar ao comunismo, Díaz-Canel afirmou que governo nunca o faria. “Os que estão mais preocupados se vai ser socialismo ou comunismo não são o povo cubano, mas os que nos detratam de fora”, disse.
A proposta de nova Constituição também libera o casamento entre pessoas do mesmo sexo. “Defendo que não haja nenhum tipo de discriminação”, afirmou Díaz-Canel, que disse que a última palavra “quem dará será o mandato popular e a soberania do povo”.
Fonte: Opera Mundi