#NoMásBloqueo

 

Há mais de 50 anos o assassino bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba lesa milhões de pessoas espalhadas pelo mundo. Seus efeitos, além dos danos às relações comerciais cubanas, podem ser observados no cotidiano de cubanas e cubanos, tal como o de diferentes povos que poderiam ser beneficiados com os serviços, produtos e tecnologias da ilha revolucionária.

Apesar do restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos e a flexibilização de algumas regras do bloqueio por parte dos norte-americanos entre 2015 e 2016, os impactos nocivos do embargo prosseguem sem trégua.

O bloqueio financeiro, econômico e comercial a Cuba é amparado por um conjunto de leis norte-americanas que remetem a 1917, iniciado com a chamada “Lei do Comércio com o Inimigo”. Com o trinfo da Revolução, o cerco à ilha se intensifica com a autorização do embargo comercial, em 1961, pela Lei de Assistência Externa; a proibição, num período de seis meses, de qualquer embarcação atracar nos Estados Unidos após parar em Cuba, com a Lei Torricelli de 1992; e a imposição de sanções a qualquer empresa que negociasse com cubanos, a partir da Lei Helms-Burton, de 1996.

Além dos imensos prejuízos que tais medidas impõem a Cuba e seu relacionamento econômico com o resto do mundo, o povo cubano, valente ao não dobrar-se aos ditames imperialistas, e populações inteiras espalhadas pelo mundo são as principais vítimas do criminoso embargo.

Sua perversidade atinge distintas áreas em Cuba, como saúde, alimentação, educação, cultura, esportes, tecnologia, turismo, comunicação, etc., uma vez que o governo cubano é obrigado a comercializar com países mais distantes – elevando custos de transporte – e a contornar as punições econômicas previstas pelos norte-americanos.

Mundo afora, inúmeras pessoas têm acesso dificultado ou mesmo impedido aos produtos e tecnologias, sobretudo em saúde, cubanos devido à insanidade do bloqueio.

 

Em abril de 2015, durante a Cúpula dos Povos do Panamá e outros encontros de solidariedade ao longo do ano seguinte, foi acordado que ações de repúdio ao bloqueio a Cuba fossem realizadas em todo o mundo. Ao recordar o 17 de dezembro de 2014, dia do retorno de Gerardo Hernández, Antonio Guerrero e Ramón Labañino – os últimos libertos dos cinco heróis cubanos injustamente presos nos Estados Unidos –, o Instituto Cubano de Amistad con los Pueblos (ICAP), convocou todos os grupos de solidariedade a Cuba do mundo a unir-se nos dias 17 de cada mês às ações contrárias ao embargo com um grande tuitaço, sob as sentenças #NoMásBloqueo e #SolidaridadVsBloqueo.

A Associação Cultural José Martí do Rio de Janeiro se soma a esta campanha internacional e convoca todas as pessoas solidárias à causa revolucionária cubana a também integrar-se aos esforços conjuntos de denúncia do violento embargo e reivindicação de sua imediata suspensão.