Herói cubano volta à ilha após 13 anos de prisão nos EUA

31/03/2012 02:11


 

Minutos depois de meio-dia desta sexta-feira (30), chegou à ilha, em visita privada e familiar, o Herói da República de Cuba, René González Sehwerert, um dos cinco antiterroristas cubanos injustamente condenados a cumprir longas penas nas prisões dos EUA.


 

René González, ao sair da prisão / Foto: Cubadebate
 

Depois de ter cumprido 13 anos de prisão injusta, René está sob um regime de liberdade condicional por mais três anos, durante os quais ele deve permanecer nos Estados Unidos, o que constitui uma pena adicional.

Em 24 de fevereiro, contudo, René apresentou, através de seu advogado, uma moção de emergência ante o Tribunal do Distrito Sul da Flórida, na qual pediu para visitar seu irmão gravemente doente em Cuba.

Quase um mês depois, em 19 de março, a juíza Joan Lenard, responsável pelo caso dos Cinco desde o início do processo judicial, autorizou a viagens de René a Cuba por 15 dias, sob um conjunto de condições: a obtenção de todas as licenças necessárias para viajar a Cuba por parte do governo dos Estados Unidos, a entrega de itinerário detalhado da viagem e sua localização em Cuba e informações de contato no país, além de ter que manter comunicação por telefone sistemática com seu oficial de justiça. A juíza deixou claro que todas as condições de liberdade supervisionada de René permanecem inalteradas e que ele deve retornar aos Estados Unidos dentro de duas semanas a partir da data da viagem.

A decisão de permitir a viagem de René corresponde plenamente às condições estabelecidas para sua liberdade supervisionada, às quais permitem que ele viaje a Cuba, após a aprovação do oficial probatório ou da juíza.

O próprio governo dos Estados Unidos, que se opôs a todas as moções apresentadas por René para que lhe fosse permitido tanto seu retorno final para Cuba como uma visita temporária a seu irmão, reconheceu que as condições de sua liberdade condicional não o proibem de viajar ao país. Neste sentido, a partir do 07 de março de 2011, a promotoria argumentou que "os termos de liberdade supervisionada de René não o impedem de viajar a Cuba durante esse período ... Nada lhe impedirá de solicitar a seu oficial probatório (ou ao tribunal, se lhe fo negado por este) uma autorização para viajar a Cuba para visitar sua esposa, seus pais idosos ou outros. "

No recurso interposto pelo seu advogado, René disse que cumprirá com os termos estabelecidos para a visita e voltará para os Estados Unidos. Apesar das condições, o nosso povo, com profundo respeito, dá as boas vindas ao nosso querido René e não encerra a luta pelo seu retorno final, junto a seus quatro irmãos.

Fonte: Cubadebate