Relações Norte-Sul na Península Coreana e a perspectiva de reunificação

24/02/2019 15:47

No dia 21 de fevereiro, a Associação Cultural José Martí do Rio de Janeiro esteve presente no evento  que tratou da possibilidade de reunificação das Coreias  intitulada “Relações Norte-Sul na Península  Coreana e a perspectiva da reunificação”. Este evento foi realizado pelo vereador Brizola Neto (PSOL), na Câmara Municipal do Rio de janeiro, e contou com a presença do embaixador da Coreia do Norte no Brasil, Kim Chol Hak, que respondeu a diversas perguntas do público após as enriquecedoras palestras da professora Rosanita Campos (Instituto de Amizade Brasil-Coreia) e do professor Lucas Rubio (CEPS-BR).

A questão da reunificação das Coreias está sendo discutida há décadas e, em abril de 2018,  foi realizada uma reunião de cúpula inter-coreana na 'Casa da Paz' em Panmunjeom para assinarem um acordo de paz. O povo coreano anseia pela reunificação para dar um fim a décadas de tristeza imposta pela separação de centenas de famílias.

José Antônio Simões (ACJM-RJ) conta que assistiu em Cuba uma manifestação comovente dos brigadistas Sul-coreanos

"Eu e minha companheira Maria Antonieta Simões participamos da Brigada Internacional 1º Maio de Solidariedade a Cuba em 2017. Éramos cerca de 280 participantes de uns 20 países. A delegação brasileira tinha 45 pessoas, organizada pelas Associações José Martí e outras entidades de solidariedade a Cuba.

Um fato marcante chamou atenção: os brigadistas da Coreia do Sul, os quais eram comunistas muito simpáticos, faziam marchas, vez por outra, no CIJAM - Campamento Internacional Julio Antonio Mella, com bandeiras conclamando a união das duas Coreias. Pediam que a Coreia do Norte comunista e a Coreia do Sul capitalista fossem reunificadas. A divisão em dois países foi provocada pela ação imperialista dos EUA na Guerra da Coreia entre 1950 e 1953."

É nesse sentido que Che Guevara afirma: "Não se pode confiar no imperialismo nem um tantinho assim. Nada! Porque a natureza do imperialismo é a que bestializa os homens. Que os convertem em feras sedentas de sangue, que estão dispostas a degolar, a assassinar, a destruir a última imagem de um revolucionário, de um partidário de um regime que foi pisoteado ou que luta por sua liberdade."